Caso Moïse: Intimidações de policiais à família do congolês serão investigadas, diz Polícia

Moïse

Denúncias de intimidação policial feita à família do congolês Moise Kabagambe estão sendo investigadas pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ). Em nota, a corporação informou que a Corregedoria Geral da Corporação por meio da 2ª Delegacia de Polícia Judiciária (DPJM) “abriu um procedimento apuratório para averiguar as denúncias e que o trâmite está em andamento”.

Faixa em protesto, no quiosque que Moïse foi assassinado – Foto: ONG Rio de Paz

De acordo com familiares, as intimidações de policiais ocorreram quando eles foram até o quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em busca de informações sobre Moïse.

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Para a Anistia Internacional, a violência que culminou com a morte do congolês é “um flagrante e inaceitável caso de violação do direito humano à vida e à dignidade humana, garantido pela Constituição Federal (Art. 5º)”. Também em nota, a entidade também reforça que os tratados internacionais ratificados pelo Brasil determinam que o país se obriga a garantir este direito a todos os estrangeiros residentes no país.

Neste domingo(6), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez uma associação entre o assassinato do congolês e as milícias que atuam em pontos estratégicos no Rio de Janeiro. “A ocupação irregular de áreas estratégicas por grupos de milícias está por trás da crise da segurança pública. O MPRJ e o MPF precisam avançar nessa área. O caso Moïse traça suas raízes no poder do Estado paralelo e na invisibilidade do controle armado”, escreveu o magistrado nas redes sociais.

Moïse foi brutalmente assassinato após ter ido cobrar R$200,00 do empregador referente a dois dias de trabalho. O crime ocorreu na noite de 24 de janeiro, no Quiosque Tropicália, vizinho do Biruta, na Praia da Barra da Tijuca. O caso se tornou conhecido seis dias após o assassinato do congolês devido pressão de familiares e da sociedade civil.

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