Brasil tem o quinto pior salário mínimo da América Latina, aponta estudo

Brasil tem o 5º pior salário mínimo da América Latina, os dados são do CupomValido.com.br, plataforma online de pesquisas, e que considera os salários mínimos atualizados no ano de 2023. Somente quatro países latinos estão abaixo do salário brasileiro: Venezuela, Argentina, República Dominicana e Colômbia.

O valor do salário mínimo médio, ao considerar todos os países, foi de R$1.751, um valor 32% maior que o praticado no Brasil atualmente. Com o valor de R$3.183, a Costa Rica é o país com o maior salário mínimo da América Latina. Este valor é 2,4 vezes maior que no Brasil.

A Costa Rica possui uma forte economia no setor de turismo, agricultura e exportação. Além disso, ao levar em consideração a expectativa de vida, educação, e renda per capita, o país possui o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,809, um valor considerado como muito elevado.

Na ponta oposta, com o equivalente a apenas R$42 por mês, está a a Venezuela, país com o pior salário mínimo da América Latina. O país sofre com uma crise severa, com o PIB encolhendo e a inflação subindo vertiginosamente. Somente em 2022, a inflação foi de mais que 300% no ano.

Brasileiros vivem com até um salário mínimo

Um levantamento feito pela LCA Consultores, no final de 2022, mostra que 35,6 milhões de brasileiros viviam com R$ 1.212, valor do ano passado, mensalmente. O levantamento teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

No segundo trimestre de 2022, trabalhadores formais e informais tinham uma renda mensal de até um salário mínimo, representando um recorde negativo da série histórica, iniciada em 2012. Já no ano de 2019, antes da pandemia da Covid-19, este número chegou a 27,6 milhões de brasileiros. Contabilizando 7,9 milhões a menos que 2022.

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Desde a pandemia, o percentual de pessoas que vivem com até um salário mínimo se mantém acima dos 30%. Este último dado estatístico revela que os 35,6 milhões de brasileiros que sobrevivem com essa renda correspondem a 36,6% da população ocupada com algum tipo de trabalho, formal ou informal.