Vendedor de balas é agredido em Copacabana, Zona Sul do Rio, após ser “confundido” com ladrão

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Matheus Almeida é o nome do vendedor ambulante de balas que foi agredido nesta quarta-feira (06), após ser confundido com um ladrão. O caso aconteceu em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, em meio aos constantes episódios de violência que acontecem no bairro, e os grupos de pessoas que se dizem “justiceiros”, indo atrás de quem eles consideram infratores da ordem pública.

O vendedor conta que foi atacado em um restaurante da região, quando estava vendendo balas para um cliente do estabelecimento, quando o garçom do local o atacou com socos, sem motivo. Em entrevista ao RJ2, é possível ver o rosto de Matheus inchado e com marcas roxas, por conta das agressões.

Sou pai de família, trabalho honestamente. Sou trabalhador, todo mundo sabe. Olha como eu me visto, não sou mendigo, não sou crakudo. Eu saí lá de Santa Cruz, tenho uma filha, uma esposa e preciso levar alimentação para casa. Não preciso roubar nada de ninguém. Meu negócio é trabalhar“, disse Matheus em entrevista ao RJ2.

Matheus Almeida conta que sai da Zona Oeste da cidade, para trabalhar em Copacabana /Foto: Reprodução TV Globo

O vendedor é uma das vítimas desses grupos que se organizam pela internet, para fazer justiça com as próprias mãos, apesar da prática ser considerada um crime, previsto no artigo 345 do Código Penal Brasileiro.

Polícia Civil informou em nota, que as diligências sobre o caso já estão em andamento, com o intuito de identificar os envolvidos e esclarecer os fatos. Os delegados da 12ªDP (Copacabana) e 13ªDP (Ipanema) estão no comando das investigações, e analisam vídeos de redes sociais para identificar os suspeitos.

A polícia também investiga os grupos que se denominam “justiceiros”.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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