Segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o número de pessoas em situação de rua na cidade aumentou 14,88% desde as enchentes que atingiram todo o estado em 2024. Antes da tragédia, 4.549 pessoas viviam em situação de rua, e atualmente já existem 5.226 pessoas cadastradas nesta condição.
Os dados foram encaminhados à RBS TV, afiliada da TV Globo na região, e são levantados a partir de informações do Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. A Política Nacional para Pessoas em Situação de Rua considera quem vive nas ruas, praças, embaixo de viadutos e aqueles que não possuem residência fixa (transitam em pensões, albergues e abrigos) como cidadãos em situação de rua.
Segundo uma nota da Secretaria Municipal de Assistência Social de Porto Alegre, enviada ao g1, das mais de 5.226 pessoas autodeclaradas em situação de rua no CadÚnico, 4.465 recebem benefícios como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BBC).
“Em Porto Alegre, são 3.848 pessoas identificadas em situação de rua, que acessaram, em algum momento, ou permanecem em acompanhamento em serviços como os Centros de Referência de Assistência Social (CREAS), Centros Pop e a Rede Socioassistencial. As equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) destacam maior presença nas regiões da Floresta, Azenha, Centro Histórico, Norte e Noroeste da cidade“, diz a nota.
As enchentes no Rio Grande do Sul, em decorrência das fortes chuvas, deixaram mais de 170 pessoas mortas, além de 2,3 milhões de moradores afetados, em 475 municípios. Segundo um estudo do Observatório das Metrópoles, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), as áreas com maior concentração de pessoas de baixa renda na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram as mais atingidas pelas enchentes.
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