Dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam uma alta do preço da energia elétrica residencial de 16,80%. Segundo o instituto, o responsável é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que registrou uma inflação de 1,31% neste mês, representando a maior taxa de inflação desde 2003 (1,57%).
Aproximadamente 92% do resultado de fevereiro se concentram em quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: Habitação, Educação, Alimentação e Transportes. O grupo habitação foi o que mais impactou (0,65 p.p) no índice do mês apresentando um aumento de 4,44% no mês fevereiro, seguido do grupo de educação que apresentou maior variação, com alta de 4,70%.

O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, justifica esse aumento após o desconto do Bônus Itaipu incorporado nas contas de energia de mais de 79 milhões de brasileiros em janeiro deste ano.
“Essa alta se deu em razão do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos em faturas no mês de janeiro. Com isso, o subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explica o gerente.
Diante desse cenário, que impacta principalmente as famílias de baixa renda, a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) desempenha papel fundamental, movimentando mais de 6 milhões em desconto para famílias carentes. O programa beneficia 17,4 milhões de brasileiros e é um benefício do governo federal para as famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
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