Justiça decreta prisão preventiva de apoiador de Bolsonaro que matou a tiros tesoureiro do PT

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Jorge Guaranho ao lado de Eduardo Bolsonaro

A Justiça decretou a prisão preventiva do apoiador de Bolsonaro, o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que assassinou o tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, em Foz do Iguaçu, durante sua festa de aniversário.  O anúncio foi feito em coletiva do Ministério Público do Paraná (MP-PR) na manhã desta segunda-feira (11).

Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento quando, no último domingo (10), o apoiador de Bolsonaro discutiu com Marcelo Aloizio de Arruda antes de assassiná-lo a tiros.

“Vários pontos precisam ser esclarecidos. Qual razão ele esteve no local? Foi apurado de que ele era membro de uma associação da região. Em razão de que ele poderia estar ai fazendo rondas externas que eram feitas, mas é necessário apurar se dentro dessa ronda, ia até aquele ponto específico. […] Outro motivo é se havia alguma indicação de que ali ocorria festa temática, música e afins. […] Para a apuração talvez façamos a reprodução simulada dos fatos. […] Querermos esclarecer os fatos, por qual razão esse crime bárbaro foi cometido e punir o responsável ou responsáveis,” afirmou o promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça, durante entrevista coletiva.

Sobre a prisão preventiva de Jorge, que permanece internado, o promotor informou que foi decretada na manhã desta segunda e que assim que o agente estiver em condições, será ouvido.

apoiador de Bolsonaro, policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho Reprodução: Redes sociais

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Nesta segunda-feira, a jornalista Andrea Sadi publicou em seu blog no portal G1 que a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, recebeu relatos de que a delegada responsável pelo caso fez postagens contra o PT em uma rede social.

Segundo Gleisi Hoffmann, a delegada responsável pelo caso, Iane Cardoso, postou, em 2016, que “petista quando não está mentindo está roubando ou cuspindo”. Outra postagem atribuída a delegada, também de 2016, postou as hashtags “#foralula” e “#foraPT”.

Em entrevista ao blog, a delegada Iane Cardoso disse não ver prejuízo às investigações.

“Não me defino como petista, nem como bolsonarista. Trato o presente caso como sempre tratei todas as investigações que presidi durante toda a minha carreira: com responsabilidade, honestidade, parcimônia e visando sempre aplicação da lei, em busca da justiça”, afirmou.

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