Ativista indígena brasileira ganha “Prêmio Nobel” do ambientalismo

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A atuação em prol do meio ambiente rendeu a ativista indígena Alessandra Korap o prêmio Goldman de 2023, considerado o “Nobel verde” por homenagear e celebrar a história de pessoas que atuam e defendem a preservação dos recursos naturais. Alessandra Korap atualmente é presidente da Associação Indígena do Pariri, que da suporte as comunidades que vivem nesse local.

Graças ao trabalho de Alessandra e outros grupos, grandes empresa de mineração- como a Anglo American e Vale- desistiram de projeto para exploração nos seus territórios indígenas, que ainda não é oficialmente demarcado e reconhecido pelas autoridades brasileiras.

Desafios

Entre tantas reuniões e protestos, Korap sofreu uma série de ataques e ameaças de morte. A ganhadora do Prêmio Goldman, que trabalhava como professora, diz que a destruição de rios e florestas começou a incomodar a partir de 2014 e 2015.

“O principal impacto aconteceu com a chegada de grandes empresas na região em que vivemos. Ali começou o loteamento de terras e o desmatamento”, destacou.

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Foto: Goldman Environmental Prize

A ativista conta sobre as dificuldades de conquistar uma posição de liderança no início. Alessandra alega ter questionado os motivos de só homens poderem falar ou liderar atividades.

Além de ativista, a líder também passou a cursar direito na Universidade do Oeste do Pará para representar o povo Mundurku em ações legais contra garimpeiros e empresas interessadas em explorar os recursos da região.

Exploração

A mineração ilegal em terras indígenas da Amazônia Legal aumentou 1.217% nos últimos 35 anos. De 1985 para 2020, a área atingida pela atividade garimpeira passou de 7,45 quilômetros quadrados (km²) para 102,16 km².

De acordo com um estudo elaborado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade do Sul do Alabama, dos Estados Unidos, quase todo o garimpo ilegal (95%) fica em apenas três terras indígenas: a Kayapó, a Munduruku e a Yanomami.

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