Sete em cada dez famílias do Brasil estão com a renda comprometida com contas futuras, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Os dados são referentes ao anos de 2021.
Dentro das categorias de dívidas, o uso do cartão de crédito chegou a 82,6%, sendo o principal tipo de endividamento, e também o maior número na média histórica. Em segundo lugar, vêm os carnês, sendo usado por 18,1% dos entrevistados, seguido por financiamento de carro, com 11,6% e financiamento de casa, com 9,1% dos entrevistados.
Apesar do aumento do endividamento, os indicadores de inadimplência das famílias apresentaram uma queda na média anual. Segundo o levantamento, 25,2% das famílias afirmaram estar com contas em atraso, 0,28 pontos percentuais a menos que no ano anterior, quando 25,5% dos entrevistados faziam parte desse grupo.
Ainda segundo a pesquisa, na faixa de menor poder aquisitivo, os carnês de estabelecimentos foram o segundo mais citados entre os tipos de dívidas.
Já para a faixa de renda acima de 10 salários, as modalidades de longo prazo, ou seja, os financiamentos de carro e de casa, ocuparam o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.
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Endividamento das famílias bate recorde na cidade de São Paulo
As famílias da cidade de São Paulo nunca estiveram tão endividadas, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), feito com dados de dezembro de 2021.
Segundo a pesquisa, ao menos 74,5% delas estão com a renda comprometida com contas futuras.
São quase 3 milhões de famílias impactadas pelas contas, um recorde histórico desde o início da pesquisa, em 2010.
O cartão de crédito é um dos principais motivos para o endividamento. Comparadas as diferentes situações, a média de tempo para quitar as dívidas é de 7,9 meses.
Ao todo, 805 mil famílias já tem dívidas em atraso, para além de terem receitas previstas para o decorrer do ano direcionadas aos pagamentos parcelados.
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