A Imperatriz Leopoldinense será a última a desfila neste domingo (11) de carnaval, já entrando na avenida pela madrugada, com o enredo “Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda”. Baseado em um cordel escrito há mais de 100 anos pelo poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, a verde e branco de Ramos, vai em busca do bicampeonato.
Em entrevista ao Notícia Preta, a rainha de bateria da escola Maria Mariá, que estreou à frente da “Swing da Leopoldina” no último ano, está otimista com o desfile deste ano. “Podem esperar uma Imperatriz nunca vista. Uma Imperatriz com uma impressão plástica e artística totalmente diferente do que já foi apresentado na avenida“, contou a rainha, com um ar de mistério.
“Terá muita cor, muito brilho, muita alegre. O ano passado já foi muito diferente dos outros carnaval da Imperatriz, e este ano não será diferente“, pontuou a rainha, se referindo ao enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, que falou sobre Lampião, e sua história.
Este ano, o carnavalesco Leandro Vieira levará para a avenida não só a cultura cigana, mas também os mistérios e a mágica que tem ligação com a cultura desse povo. Em entrevistas, Leandro comentou que vai além da estética cigana, e nas redes sociais, compartilha com o público parte do trabalho que será visto no Sambódromo.
“No segundo setor do desfile leopoldinense vamos juntos viajar “nos braços de Morfeu”. Nele, as fantasias de ala dão contorno a um mundo de sonhos que, segundo o testamento da cigana, podem ser interpretados como uma espécie de prenúncio daquilo que tá por vir!“, escreveu o carnavalesco em seu perfil no X (antigo Twitter).
Na contagem regressiva, Mariá afirma que depois de 22 anos sem vencer, o campeonato de 2023 deu muita força para a escola e para comunidade, para buscar um novo título este ano. “Além de tudo que já é trabalhado semanalmente em todos os ensaios e que é construído em toda uma temporada de carnaval, essa força e energia do campeonato dá uma vitalidade“, conta.
Além disso, a rainha conta que a comunidade cigana faz parte da construção do enredo, sempre presente na quadra da escola em dias de ensaio. “É muito importante quando vamos falar de um povo, de uma determinada cultura, a gente conhecer a fundo, mesmo que o enredo também fale sobre o testamento da cigana que fala dos sonhos, as linhas da vida, signos, e muitos caminhos, mas que os povos ciganos também utilizam”, explica.
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