Documentário “Aldo Bueno – O eterno amanhecer” conta a história e obra do artista paulistano

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O intérprete, compositor e ator Aldo Bueno terá sua história de vida e sua obra contadas em um documentário: “Aldo Bueno – O eterno amanhecer”. Produzido desde 2017, o longa-metragem possui depoimentos de figuras importantes do mundo do samba e apoiadores de Aldo como Moacyr Luz, Eduardo Gudin e Ailton Graça.

Com o objetivo de “entregar as flores em vida e evitar o apagamento histórico de mais um corpo negro”, o documentário sobre o sambista de 73 anos, tem previsão de estrear entre junho e julho deste ano. Nascido no Bixiga, em São Paulo, em 1950, Aldo Bueno segue sendo presença constante nas rodas de samba do bairro paulistano e dono de uma voz poderosa e inconfundível.

Aldo Bueno tem 73 anos e é cantor, compositor e ator /Foto: Thiago Cosme Morales

Começou a carreira de intérprete nos anos 1970, apadrinhado pelo baluarte Geraldo Filme. Incentivado por ele, assumiu o microfone no Paulistano da Glória e, tempos depois, seria o puxador no desfile da Vai-Vai em 1982, com o inesquecível samba “Orum Ayê – O Eterno Amanhecer”. Naquele ano a escola foi bicampeã do carnaval paulista.

Também foi co-fundador da Banda Redonda, uma das mais antigas e tradicionais do carnaval paulistano, sob a tutela do dramaturgo Plínio Marcos. No início dos anos 2000, Aldo dividiu o palco com nomes como Riachão, Moacyr Luz, Beth Carvalho, Nelson Sargento e o grupo Fundo de Quintal, em São Paulo, além de ter sido o vencedor do 1º Festival Manchete De Pagode, em 1987.

Como ator, participou de uma série de peças importantes no teatro, como “Ópera do malandro” e “Gota D’Água”, de Chico Buarque. Atuou também na televisão e no cinema, tendo participado de inúmeros filmes relevantes da produção nacional, como O Homem que Virou Suco (1981), Eles Não Usam Black Tie (1981), A Próxima Vítima (1983) (que lhe rendeu o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Gramado de 1984 – Kikito – e o APCA), Boleiros – Era uma vez o futebol (1998) e Linha de Passe (2008).

Participou da série de televisão 9mm, da Fox, que levou o APCA de melhor série em 2008. Mais recentemente, em 2020, atuou no curta Menarca, que participou da Semana da Crítica de Cannes e ganhou uma série de prêmios na Europa. Fez uma ponta também no longa Predestinado: Arigó e o espírito do Dr. Fritz, de 2022, estrelado por Dalton Mello. Também em 2022, foi escalado para a peça Tragédia e Perspectiva: o prazer de não estar de acordo, de Alexandre Dal Farra e Lisandro Rodrígues, que ficou em cartaz durante a 8ª Mostra Internacional de Teatro.

Também recebeu em 1984 o Kikito na categoria de Melhor Ator Coadjuvante e no mesmo ano, o Troféu APCA 1984 (Associação Paulista de Críticos de Arte, Brasil). Ambos por sua atuação no filme A Próxima Vítima

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