Tropa mais letal da Rota zera mortes depois de câmeras nos uniformes

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Desde o início do mês de junho, mais precisamente dia 4, os policias da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) passaram a usar câmeras nas fardas. Todas as ações policiais agora devem ser monitoradas por imagens e, a partir da data da inclusão das gravações, até o momento, os policiais da Rota não se envolveram em confrontos que resultaram em morte.

Ao todo, 101 mortes foram atribuídas à Rota em 2019 – Foto: Divulgação

Dados da Ouvidoria da Polícia Militar de São Paulo revelaram que a Rota foi o batalhão que mais matou suspeitos de crimes em 2019 no estado, sendo considerada a tropa mais letal da Polícia Militar paulista. Naquele ano foram  registradas 101 mortes causadas por policiais durante confrontos. Homicídios, nesses contextos, são classificados pelas forças de segurança como “morte decorrente de intervenção policial”.

Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Pailo, o último caso de “morte decorrente de intervenção policial” com a participação de policiais militares da Rota foi registrado no dia 31 de maio, quando a tropa ainda não usava as câmeras. A morte, segundo informação da PM, teria ocorrido durante uma troca de tiros em Heliópolis, durante as buscas pelo soldado Leandro Martins do Patrocínio, 30 anos, que até então estava desaparecido.

O corpo de Leandro foi encontrado no dia 05 de junho em um terreno também em Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista.  No dia 31, um homem apontado pela Polícia Militar por envolvimento no caso foi morto e uma arma de fogo e duas mochilas com drogas foram apreendidas.

Gravação automática

As novas câmeras usadas pelos policiais da Rota nos uniformes permitem a gravação automática e sem interrupção durante 12 horas. O tempo de gravação segue os turnos de patrulhamento que são efetuados pelos policiais militares da tropa. A câmera é acionada assim que o policial a prende no uniforme, não sendo necessário o acionamento manual do equipamento. As imagens gravadas são salvas em tempo real na nuvem.

Além da Rota, a previsão é de que policiais militares de outros 14 batalhões também usem os equipamentos. De acordo com a Polícia Militar, serão 10 mil câmeras em unidades da Capital e Grande São Paulo, até 2023.

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