Preço dos alimentos e da gasolina deve continuar alto por conta da inflação, prevê mercado financeiro 

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Os preços dos produtos em supermercados e o aumento da gasolina devem continuar subindo e causando preocupações de grande parte dos brasileiros, sobretudo a população negra e pobre, neste ano. Isso porque a variação prevista para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada de 4,9% para 5,6%, percentual que supera o teto da meta de inflação, estabelecido em 5% pelo Conselho Monetário Nacional. A nova previsão para a inflação brasileira em 2022 foi divulgada nesta terça-feira, 22, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

O centro da meta de 2021 ficou muito acima do projetado – Foto: Inflação foi menor para classes de renda mais altas em 2021, aponta Ipea

“O comportamento dos preços dos alimentos e dos bens de consumo deve se manter nos próximos meses, o que se constitui no principal fator que limita uma desaceleração mais intensa da inflação no ano. Além disso, a nova aceleração dos preços do petróleo e a constatação de um déficit maior nas empresas do setor elétrico sinalizam aumentos mais significativos das tarifas de energia e dos preços dos combustíveis, limitando ainda mais o processo de desinflação em 2022”, diz o Ipea. 

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O Ipea destacou ainda que, a apesar da perspectiva de desaceleração do IPCA em 2022, depois de o índice alcançar 10,06% em 2021, nível mais elevado em seis anos e estourando com força o teto da meta, ainda há outros riscos no horizonte 

“Não estão descartados riscos inflacionários adicionais, que podem limitar ainda mais a desinflação no ano. Pelo lado da economia mundial, o agravamento das tensões entre Rússia e Ucrânia pode gerar uma alta mais acentuada das commodities, especialmente do petróleo e do gás”, destacou o instituto. 

Vale lembrar que, no ano passado, o centro da meta da inflação foi projetado para 3,75%, mas fechou o ano a 10,06%, muito acima do esperado. Situação que fez o presidente do BC enviar uma carta ao ministro da economia, Paulo Guedes, explicando os motivos do não cumprimento. Sendo assim, a sexta vez que a justificativa foi feita desde a criação do sistema de metas, em 1999. 

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