O Sudão e seus anos de ouro no futebol

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Por Rubens Guilherme Santos

Na edição de 1970 da Copa Africana de Nações (CAN), sediada no Sudão, os anfitriões, um dos fundadores da competição e da Confederação Africana de Futebol (CAF), foram os protagonistas do ápice do futebol local.

1970: o ano dos Falcões do Deserto

Fevereiro de 1970 reservou bons capítulos para a história do futebol do Sudão. O país sediou a 7ª Copa Africana de Nações, após ficar de fora das edições de 1965 e 1968. Antes, os Falcões do Deserto haviam alcançado dois vice-campeonatos: em 1959 e 1963.

Seleção sudanesa é conhecida como Falcões do Deserto – Foto: Divulgação

Oito seleções disputaram a CAN de 1970. O Grupo era formado por Costa do Marfim, Camarões, Etiópia e o Sudão, país sede. Já o Grupo B contava com Egito, Gana, Guiné e República Democrática do Congo. Após vencer a Etiópia por 3 a 0, o Sudão acabou sendo derrotado na segunda rodada pela Costa do Marfim, por 1 a 0. Mas os donos da casa se recuperaram na terceira rodada, com um triunfo por 2 a 1 sobre Camarões.

Curiosamente, Costa do Marfim, Sudão e Camarões terminaram com a mesma pontuação na fase de grupos. Nos critérios de desempate, os marfinenses e sudaneses avançaram para as semifinais, na primeira e segunda colocação, respectivamente. Na outra chave, o Egito terminou na primeira colocação e Gana na segunda.

Um curto mata-mata

Assim, o cruzamento para decidir os finalistas foi o seguinte: Costa do Marfim enfrentou Gana e o Sudão encarou os vizinhos egípcios. Com dois empates por 1 a 1 no tempo normal, ambas as semifinais foram para a prorrogação. Sudaneses e ganenses conseguiram marcar os gols de suas vitórias no tempo extra, vencendo os adversários por 2 a 1, assegurando a vaga na decisão.

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Na grande final, logo no início do jogo, Hasabu El-Saghir, aos 2 minutos, marcou o gol do título. Após bater na trave em duas oportunidades, o Sudão conquistava o continente africano pela primeira vez em sua história.

De lá para cá, o Sudão não conseguiu repetir os feitos das primeiras décadas de Copa Africana de Nações. Tanto que o país volta a disputar a CAN em 2022 após 10 anos fora do maior torneio de seleções do continente africano.

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