Mudança climática foi principal motivo para seca recorde na Amazônia em 2023, diz estudo

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As mudanças climáticas causadas pela ação humana foi um dos principais fator responsável pela pior seca na Amazônia em pelo menos meio século. O estudo foi divulgado na última quarta-feira (24), pelo World Weather Attribution (WWA), um grupo internacional de cientistas especializados em assuntos climáticos.

As consequências da seca foram mais sentidas por populações mais pobres e isoladas da Amazônia, afirma o levantamento. O novo estudo sobre os fatores que levaram à seca na Amazônia foi conduzido por 13 cientistas do Reino Unido, Brasil, Dinamarca e Holanda. 

Deslizamento de terra no Amazonas em 2023 – Foto: Prefeitura de Beruri/ Divulgação

“Embora o El Niño tenha levado a níveis ainda mais baixos de precipitação, nosso estudo mostra que as mudanças climáticas são o principal impulsionador da seca por meio de sua influência nas temperaturas mais elevadas“, declara pesquisador do Grantham Institute Climate Change and the Environment, do Imperial College de Londres, Ben Clarke.

As mudanças climáticas tornaram uma seca desta gravidade cerca de 30 vezes mais provável e, segundo os cientistas, espera-se agora que ocorra uma a cada 50 anos nas condições atuais.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) ressaltou, em nota para BBC News Brasil, que o desmatamento na Amazônia caiu pela metade no ano passado, em comparação com 2022 e que o governo Lula assumiu o compromisso de zerá-lo até 2030.

“O governo federal revisou a meta climática brasileira, corrigindo alterações da gestão anterior e retomando o compromisso assumido em 2015 no Acordo de Paris de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em 48% até 2025 e 53% até 2030”, disse a pasta.

O MMA afirma que está sendo preparado um novo plano nacional para lidar com as mudanças climáticas e que o Brasil vai apresentar sua nova meta climática em 2025, na cúpula do clima COP30, em Belém, no Pará.

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