“Me encurralaram e me acusaram de estar roubando”: publicitário denuncia agressão no Festival de Verão de Salvador

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O publicitário e produtor cultural Roberto Junior publicou uma denúncia em suas redes sociais, contando que foi agredido por seguranças no Festival de Verão de Salvador, na madrugada da última segunda-feira (29). Com o olho roxo e inchado, ele conta que a agressão aconteceu após ter sido acusado injustamente de roubar celulares no evento.

Segundo o baiano, as agressões teriam ocorrido por seguranças da empresa de segurança Prestserv, do camarote Smirnoff. “Assim que finalizou o show eu fui ao banheiro, e quando eu saio me deparo com seis seguranças, e me encurralaram e me acusaram de estar roubando celulares dentro do camarote“, conta Roberto, que registrou boletim de ocorrência e fez exame de corpo de delito.

Em nota a Bahia Eventos, empresa responsável pela realização do evento, afirma que acompanha o caso, que está apurando também o ocorrido, e que está prestou assistência à vítima “assegurando atendimento médico imediato, registro da ocorrência na delegacia montada dentro do evento e condução até a sua residência“.

Roberto também conta que quando começou a ser revistado, foi pegar seu celular para gravar a situação, quando a agressão começou. “Fui tentar gravar e recebi um tapa na minha mão e o celular caiu, e quando eu fui tentar pegar já recebi um soco, depois um tapa, e fui carregado para fora do banheiro. Tive minha camisa danificada, meu relógio quebrado. Estou cheio de hematoma aqui [no braço], um galo na testa, um hematoma no joelho cabeça e dor nas costas“, disse ele, que afirma ter recebido um mata-leão duas vezes.

O jovem também conta que foi levado para um lugar deserto, e solto após um desconhecido chegar e interferir. Para ele, a situação aconteceu por ser negro. “Esse caso de racismo, eu não desejo a ninguém“, disse ele.

Em nota, a responsável pelo evento afirma também que “está totalmente empenhada na resolução do caso e principalmente na identificação dos agressores para que as autoridades possam tomar as medidas cabíveis“, e que “lamenta o ocorrido, se solidariza com a vítima e, desde já, manifesta que repudia todo e qualquer ato de violência, racismo e discriminação“.

Foto de capa: Arquivo Pessoal

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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