MP vai investigar usuários de jogo “Simulador de Escravidão”

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Além do Google e o desenvolvedor do jogo, o Ministério Público de São Paulo vai investigar os usuários que deixaram comentários racistas na avaliação do jogo “Simulador de Escravidão”. O aplicativo foi retirado da Play Store no dia 24 de maio e continha comentários que sugeriam tortura.

Segundo a promotora de justiça, Maria Fernanda Pinto, responsável pelo caso, afirma que os usuários serão identificados e poderão ser responsabilizados criminalmente. “O que chama atenção são as pessoas que baixaram e comentaram [o jogo], com aspectos muito reprováveis de um racismo muito escancarado e comentários indefiníveis em termos de gravidade e horror, que ferem qualquer parâmetro de civilização. Esse tipo de coisa travestido de entretenimento é ainda pior”, avalia a magistrada.

Foto: Reprodução/Play Store

O MP também investiga se houve análise humana na aprovação do jogo. Na última semana, o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) do MP instaurou um procedimento para verificar a circunstâncias da liberação do aplicativo na Play Store.

Ainda segundo a promotora, o Google tem até o fim desta semana para prestar os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público e a promotora ressalta que, de toda forma, houve falhas nos processos internos da Big Tech.

“Não há dúvidas de que houve falha por parte do Google. A falha da plataforma evidentemente teve porque o aplicativo foi para o ar”, disse à GloboNews.

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O aplicativo foi desenvolvido pela Magnus Game, tinha pouco mais de mil downloads, 70 comentários, estava na loja virtual desde abril deste ano e foi retirado do ar no dia 24 de maio. De acordo com a promotoria, os crimes investigados são de discurso de ódio e racismo.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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