Dalai Lama pede beijo na língua a menino e se desculpa após repercussão

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Em vídeos que circulam nas redes sociais, Dalai Lama, o líder espiritual do Tibete, de 87 anos, aparece puxando o rosto de uma criança para beijá-lo na boca e, de acordo com a agência Reuters, também pediu que o menino chupasse sua língua. Com a repercussão do caso, Dalai Lama divulgou uma nota pedindo desculpas, nesta segunda-feira (10), dizendo que foi um ato ““inocente e brincalhão”.

As imagens causaram revolta na internet, sendo um dos assuntos mais comentados. Até uma petição chamada “Salvem as crianças de Dalai Lama – vamos parar com o abuso infantil” foi criada na plataforma Change. No Twitter, o tema gerou debate e comentários críticos ao líder.

“Dalai Lama foi asqueroso em chamar de ‘provocação divertida’ o beijo pervertido que pediu a uma criança. O estrago que uma imagem dessa, de um líder religioso, causa na sociedade é difícil até de mensurar”, comentou o escritor Alê Santos em seu Twitter.

No comunicado, ele confirma que o vídeo é verídico, mas menciona apenas um abraço. Além disso, a nota também considera o ato “inocente e brincalhão”, já que afirma que o líder espiritual muitas vezes provoca as pessoas que conhece dessa forma, e finaliza lamentando o incidente. No vídeo, é possível ouvir pessoas batendo palmas e rindo, já que a situação aconteceu em um evento público.

A nota na íntegra diz: “Está circulando um videoclipe que mostra uma reunião recente em que um menino perguntou a sua Santidade, o Dalai Lama, se ele poderia lhe dar um abraço. Sua Santidade deseja se desculpar com o menino e sua família, bem como com seus muitos amigos em todo o mundo, pela dor que suas palavras podem ter causado. Sua Santidade muitas vezes provoca as pessoas que ele conhece de uma maneira inocente e lúdica, mesmo em público e diante das câmeras. Ele se arrepende do incidente“.

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O líder espiritual budista já recebeu o Nobel da Paz em 2013, pela defesa da liberdade do povo tibetano. Ele vive no exílio – na Índia – desde 1959 após um levante fracassado contra o domínio chinês no Tibete, e é considerado pelo governo chinês como um líder separatista. Também trabalhou para instaurar a autonomia linguística e cultural na região tibetana.
Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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