República Democrática do Congo realiza eleições gerais em meio a vários protesto da população

1054729-1-20112016-_dsc7895-scaled.jpg

Rio de Janeiro - Refugiados do Congo caminham na Praia de Copacabana em ato contra a guerra civil e violações dos direitos humanos, e por garantia de eleições presidenciais em seu país (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A República Democrática do Congo realizou nesta última quarta-feira (20), as eleições gerais no país, em meio a protestos. Neste momento, o atual presidente Félix Tshisekedi, enfrenta uma oposição fragmentada. Em um clima político e de segurança tenso, o presidente que está no poder desde 2019, disputa com 18 candidatos.

Quase 44 milhões de congoleses estão registrados para votar nas eleições presidenciais deste país de 100 milhões de habitantes. O pleito tem turno único, mas por conta de interferências registradas no primeiro dia, a votação continua nesta quinta-feira (21), em locais prejudicados por problemas logísticos e atrasos, segundo uma declaração feita por Denis Kadima, presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente.

Refugiados do Congo caminham na Praia de Copacabana, em ato contra a guerra civil e violações dos direitos humanos, e por garantia de eleições presidenciais em seu país /Foto: Fernando Frazão – Agência Brasil

No processo eleitoral foram registrados incidentes em Mbandaka (noroeste), em que segundo um funcionário, uma “máquina de votação” foi incendiada e a população lançou pedras na polícia, que respondeu com disparos. Nos últimos dias, os combates diminuíram, mas os rebeldes continuam ocupando terrenos na província de Kivu do Norte. Nessas áreas, a população não pôde votar.

A República Democrático do Congo presencia nos últimos tempos o ressurgimento do grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda nos últimos anos, que tomaram as ações no leste do país. A cidade de Goma é a mais atingida pelos conflitos entre as milícias rebeldes, grupos separatistas e Governo.

O M23 é formado majoritariamente por membros da etnia tutsi, o mesmo grupo que domina o governo em Ruanda. O país africano é acusado de financiar o grupo nas fronteiras, na região leste do Congo, que é muito rica em estanho, tungstênio, tântalo e ouro.

Desde o começo dos conflitos em 1995, há 30 anos, o saldo de mortos é um dos maiores do mundo. Já foram 6 milhões de mortos e mais 4,5 milhões de pessoas refugiadas na República Democrática do Congo.

O atual presidente do país, de 60 anos, aspira a um segundo mandato mesmo após reconhecer que seu legado tenha sido altos e baixos. Mas o presidente Tshisekedi pede mais cinco anos para “consolidar as conquistas”.

Leia também: Níger: “Talvez golpe não seja”, diz pesquisador

Mateus Junior

Mateus Junior

Estudante de jornalismo da Universidade Estácio Petrópolis, apaixonado por esportes e Cinema, Comento sobre as partidas de futebol e basquete.

Deixe uma resposta

scroll to top