A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aprovou o reajuste da bandeira tarifária vermelha nesta terça-feira (29). A cobrança extra nas contas de energia sofreu um reajuste de 52%, passando de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
O reajuste impacta diretamente na conta de luz de grande parte da população brasileira, principalmente as classes C, D e E. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o reajuste médio de 15% na bandeira tarifária, condiz com um aumento de 5% na conta de luz e essa alta de 5% na conta de luz aumenta, em média, em 0,2 ponto percentual a inflação.
O relator do processo, Sandoval Feitosa propôs que não fosse reajusta a tarifa vermelha, mas que houvesse uma atualização do valor da bandeira em 1,67% e sugeriu que o consumidor participasse desta decisão. “O consumidor é o principal responsável por sair dessa crise hídrica que vivenciamos e ela não foi causada pelo consumidor. Mas esse mesmo consumidor será o principal responsável por sair dessa crise, seja pagando os custos ou economizando. Acho justo e legal que o consumidor participe dessa decisão. E ao arbitrarmos um valor agora, ele não participa dessa decisão”, disse Feitosa.
A bandeira vermelha é aplicada nas contas quando o custo da produção de energia aumenta, com aprovação da Aneel, como é o caso do Brasil atualmente, produzindo energia por meio de usinas termelétricas, mais caras e poluentes, devido à crise hídrica em alguns estados.