Na lista dos 20 indicados nas categorias de melhor ator, atriz, ator coadjuvante ou atriz coadjuvante , da Bafta, a principal premiação do cinema britânico, não há artista negro.
Logo após o anúncio dos indicados, a academia britânica foi alvo de críticas.
Tentando ‘justificar’ o que muitos classificaram como racismo, representantes da premiação culparam a indústria cinematográfica pela falta de atrizes e atores negros em papéis relevantes nas produções: “Gostaríamos que houvesse mais diversidade nas indicações, mas isso continua sendo um problema em toda a indústria. Gostaríamos de ver indicações mais diversas e trabalharemos para impulsionar mais o setor. Mas isso não deve desmerecer aqueles que foram indicados este ano”, declarou a diretora de premiação do Bafta, Emma Baehr.
“É uma frustração que o setor não esteja se movendo tão rápido quanto certamente toda a equipe do Bafta gostaria”, disse o presidente do comitê de cinema do Bafta, Marc Varuelson, que ainda classificou como “irritante” a falta de representatividade no prêmio tido como o “Oscar do cinema inglês”.
A ‘justificativa’ da Bafta foi altamente questionada nas redes sociais já que artistas como Lupita Nyong’o, elogiada pela crítica por seu trabalho em ‘Nós’, assim como de Jennifer Lopez e de Eddie Murphy por sua atuação no filme ‘Meu Nome é Dolemite’, poderiam ter sido indicados ao prêmio.
Entre os mais de 160 nomes indicados em todas as categorias da premiação, menos de 5 são negros, além das poucas indicações para asiáticos e mulheres na categoria ‘mulher diretor’.
Marc Samuelson, presidente do comitê, afirmou que a ausência de variedade racial e de gênero nas categorias incomoda a Academia Britânica das Artes Televisivas e Cinematográficas, e que para a edição do ano que vem do prêmio, o processo interno de eleição dos candidatos será reformulado.
