“Negros são a maioria dos abordados pela polícia no RJ”, diz pesquisa 

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Pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) mostra que 63% das pessoas abordadas por policiais na cidade do Rio de Janeiro são negras. O estudo foi divulgado nesta terça-feira (15) mostrou ainda que ações do cotidiano quando exercidas por pessoas negras são consideradas suspeitas. De acordo com o levantamento, o racismo está no centro da atividade policial e do sistema de justiça criminal. 

Foto: Pexels

Segundo dados da pesquisa, negros correspondem a 68% dos que foram abordados andando na rua ou na praia, 74% em vans ou Kombis, 72% nos carros de aplicativos, 71% no transporte público, 68% em moto e 67% em um evento ou festa. Em todas as modalidades de abordagem citadas, os negros são mais parados do que os brancos sem exceção. O resultado do estudo foi baseado em 3.500 entrevistas feitas com moradores com 16 anos ou mais e foram realizadas pelo Instituto Datafolha em diferentes pontos da cidade do Rio de Janeiro em maio de 2021.  

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A ação da Polícia Militar também foi alvo de atenção no estudo. Para jovens moradores de favelas e policiais, foram perguntados quais notas que dariam às forças de segurança: a PM obteve a pior avaliação, com 5,4. Outra constatação foi que em comparação com a última pesquisa realizada em 2003 houve aumento das ameaças e abordagens policiais de acordo com o atual levantamento: As abordagens policiais passaram de 6,5% em 2002 para 23% na pesquisa atual e o uso de armas apontadas para os abordados foi 9,7% para 28%. 

Segundo o estudo, são essas múltiplas experiências de violência que levam aos vários traumas psíquicos vivenciados por pessoas pretas. Já a PMERJ (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro) informou em nota que é uma corporação com a missão central de defender a sociedade do Rio e que suas ações são baseadas em protocolos rígidos, treinamentos e orientação. Também disse que a maioria do contingente policial militar vem das classes de base da sociedade, incluindo as comunidades carentes, o que torna os agentes parte do contexto estrutural, histórico e social em que atuam. 

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