Justiça concede liberdade provisória à motorista e auxiliar que deixaram criança de 2 anos morrer dentro de van

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Foto: arquivo pessoal

O motorista e a auxiliar que esqueceram um menino de dois anos em uma van escolar foram soltos nesta quarta-feira (16) após ficarem detidos por 24 horas. O casal foi preso na terça-feira (14) em flagrante por homicídio doloso após deixar a criança por 7 horas dentro da van escolar em um dia onde a temperatura em São Paulo chegou a 37,7°C, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Apollo Gabriel Rodrigues foi colocado na van por volta das 7h, mas não foi deixado na creche pelo motorista e auxiliar. O menino estava sendo levado à escola onde estudava, na Vila Maria, bairro da zona norte da capital. À tarde, o menino foi encontrado desacordado no veículo e levado ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, por volta das 16h20. Apollo chegou já sem vida ao local.

O homem de 45 anos e a mulher de 44, que não tiveram as identidades reveladas, vão cumprir medidas cautelares como recolhimento domiciliar no período noturno (das 22 horas às 6 horas) e nos dias de folga; proibição de manter contato, por qualquer meio, inclusive virtual, com as testemunhas do processos e com familiares da vítima, suspensão do exercício da atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes e suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor.

O casal também não poderá manter contato, por qualquer meio, inclusive virtual, com as testemunhas do processos e com familiares da vítima e estão proibidos de proibição de ausentar-se da Comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo.

Apollo Gabriel tinha 2 anos e estava na van que deveria levá-lo para a creche – Foto: Reprodução redes socias

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Em nota, a Prefeitura de São Paulo lamentou o caso e disse estar prestando apoio necessário aos familiares.

“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família”, explica.

Ainda de acordo com a administração municipal, o condutor do Transporte Escolar Gratuito (TEG) foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar os fatos.

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