Dorothy Morgan, de Hempstead, do estado de Nova York, e um homem que não teve seu nome divulgado a pedido da família foram a 1.646ª e 1.647ª vítimas reconhecidas do atentado terrorista ao World Trade Center, em Nova York, em 2001. A informação foi confirmada pela legista-chefe da cidade, Dra. Barbara A. Sampson, poucos dias antes do ataque completar 20 anos.
As vítimas foram identificados por meio da análise de DNA de restos mortais que ainda não haviam sido detectados. De acordo com o Centro legista, os restos mortais de mais de 1.100 vítimas (aproximadamente 40% das que morreram no Word Trade Center) ainda não foram identificados.
Dorothy Morgan tinha 47 anos quando o atentado ocorreu; ela trabalhava para uma seguradora em uma das torres, de acordo com a CNN Internacional. A filha de Dorothy, Nykiah Morgan, falou ao telefone com a mãe pela última vez naquela manhã. “Ela foi incrível, atenciosa, generosa, amorosa”, disse Nykiah Morgan à WABC, afiliada da rede de tv americana.
Ao jornal The New York Times Nykiah Morgan disse que não sabe se quer fazer a retirada dos restos mortais da mãe. “De repente, você tem que decidir o que fazer com um ente querido que morreu há 20 anos. É quase como reabrir velhas feridas. Com o tempo, você sente que está melhorando, mas algo assim acontece 20 anos depois e você tem que lidar com tudo de novo”, lamentou.
Nykiah contou que teve esperanças de encontrar a mãe viva. Ela chegou a viajar a Manhattan algumas vezes procurando pela mãe, sem sucesso. Em outubro de 2001, Dorothy foi homenageada na igreja que a família frequentava em um culto de celebração.