A diretora regional do Programa Mundial de Alimentos (PMA) para América Latina e Caribe, Lola Castro, alertou que 5,4 milhões de haitianos, quase metade da população, enfrentam fome aguda. Esse número é alarmante e reflete a gravidade da crise humanitária no Haiti.
Acesse nosso Grupo de WhatsApp clicando aqui.
O Haiti está enfrentando uma profunda crise, marcada por violência generalizada, fome e instabilidade política. Grupos armados estão aterrorizando o Haiti há vários anos, deixando a maior parte dos moradores estão com medo da violência especialmente na capital Porto Príncipe.
A representante da ONU no Haiti, Waanja Kaaria, alertou sobre a situação crítica no país, na qual 270 mil crianças sofrem de subnutrição. Além disso, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) está preocupado com a vulnerabilidade dessas crianças e jovens em serem recrutadas por gangues criminosas, o que pode agravar ainda mais a crise humanitária.
A violência no Haiti está colocando em risco o trabalho humanitário, após um helicóptero das Nações Unidas que transportava ajuda ser atingido por fogo cruzado na quinta-feira (24). O helicóptero, que voava de Porto Príncipe para Les Cayes, conseguiu pousar em segurança, mas o incidente é um exemplo preocupante da situação crítica no país.
Relembre a crise política
O país enfrenta onda de violência que se intensificou no dia 29 de fevereiro deste ano, quando gangues armadas fizeram ataques coordenados na capital do país. Instituições como delegacias, bancos e hospitais foram alvo das gangues, assim como um presídio que foi atacado e 4 mil prisioneiros fugiram.
O primeiro ministro havia renunciado. O conselho de transição, investido de certos poderes presidenciais, e Leblanc, que assume como presidente interino, têm a responsabilidade de conduzir eleições até 7 de fevereiro de 2026, conforme previsto na Constituição do Haiti.
Leia mais: Alunos negros vem tendo desempenho inferior em matemática e português, segundo estudo