Simpósio promovido por mulheres negras no Rio de Janeiro pensa a ancestralidade e afrotopia

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O evento que acontecerá no Espaço Cais da Imperatriz buscará entender como a tese do “futuro ancestral” pode nos ajudar a construir um projeto político do presente.

O Simpósio ‘Ancestralidade Signos e Fluxos – Mulheres Negras Guardiãs das Memórias Ancestrais’ será realizado na próxima quinta-feira (09), às 17h. No mês no qual celebramos o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, o simpósio vai refletir sobre a urgência de mergulhar no passado, resgatando-o como forma de ensinamento.

O evento também tem a missão de ressignificar saberes ancestrais, uma vez que ancestralidade é um princípio filosófico que rompe os muros da academia como prática universal através das vozes de sabedoria e suas oralituras. As inscrições para o evento que será feito no Espaço Cais da Imperatriz, no bairro da saúde, no Rio de Janeiro, ficam abertas até esta quinta-feira (02).

O evento contará com a participação dos pensadores: Yalorixá Gbmike Ya Torody d´Ogun que abordará o tema “Candomblé, Axé e Ancestralidade”; o professor de Filosofia Renato Nogueira, aprofundando a discussão sobre “Ancestralidade e Afrotopias” e a também doutora em Filosofia, Helena Theodoro, que trará reflexões sobre “A estética do bem viver, na compreensão das Mulheres Negras”.

Dessa forma, os princípios e conceitos espirituais e filosóficos fundados nas tradições religiosas de
matrizes africanas e afro-brasileiras, e a estética do bem viver a partir da compreensão das mulheres negras serão colocados em pauta para pensarmos a construção de uma nova estética social.

É preciso conhecer as raízes, sementes, ramos e rizomas para construir com sabedoria novos futuros, novos paradigmas. Visitar a sabedoria ancestral é abrir janelas e possibilidades para experienciarmos outras possibilidades de construções de mundos, considerando que não é possível o desenvolvimento
sustentável de uma sociedade se ela nega a existência de outras culturas.

O evento será coordenado pela poeta e escritora mineira Ana Cruz que também fará uma sessão de autógrafos do seu mais recente livro: “Insurreiças Mulheres ĺ Minas”. A escritora é uma referência da literatura negra brasileira, trazendo em suas narrativas literárias o tema ancestralidade como assunto recorrente ao falar de memória e identidade negra em fluxos coletivos.

O Simpósio Ancestralidade Signos e Fluxos – Mulheres Negras Guardiãs das Memórias Ancestrais é uma iniciativa do Movimento Cultural Mulheres Negras Construindo Visibilidade e Dandara Produções Literárias.

Informações:
Data: 09/11
Horário: 17h
Local: Espaço Cais da Imperatriz
Endereço: Rua Sacadura Cabral, 145 – Praça Mauá
Inscrições: Até 02/11
https://forms.gle/sbP3RVf2V5mnofiD6

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