Conforme o relatório divulgado pela organização “IQAir”, que monitora as condições do ar, dos mais de 134 países analisados, apenas sete atingem a meta internacional de qualidade de ar definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Austrália, Estónia, Finlândia, Granada, Islândia, Maurícia e Nova Zelândia cumprem as recomendações sobre o limite de partículas poluentes.
Na Ásia a situação é alarmante sendo uma das mais graves, seguido da Índia, Paquistão e no Bangladesh. Só na Índia estão 83 das 100 cidades mais poluídas do planeta, segundo o relatório. Tajiquistão e Burkina Faso, também tem dados preocupantes com relação ao ar. Em outubro de 2023, Manaus (AM) ficou entre as três cidades com a pior qualidade do ar do mundo. A capital amazonense registrou 387 microgramas de poluentes por metro cúbico.
Portugal está perto de atingir o nível próprio, sendo um dos países com o ar menos poluído (número 118 em 134). Porém, o ar do território português tem cerca de 1.4 vezes mais poluição do que o recomendado. O estudo aponta que o ar é mais saudável do que no século passado, mas há países em que os níveis de poluição são bastante perigosos.
A ONU informa que a poluição atmosférica mata mais de sete milhões de pessoas por ano mundialmente, ultrapassando as mortes pela malária e afeta mais os que vivem nas regiões mais pobres. Para além da poluição provocada diretamente pela humanidade, com o consumo excessivo de combustíveis fósseis, há ainda o efeito das alterações climáticas.
“Um ambiente limpo, saudável e sustentável é um direito humano universal. Em muitas partes do mundo, a falta de dados sobre a qualidade do ar atrasa ações decisivas e perpetua o sofrimento humano desnecessário. Dados sobre a qualidade do ar salvam vidas. Onde a qualidade do ar é relatada, ações são tomadas e a qualidade do ar melhora”, afirma CEO Global da IQAir, Frank Hammes.
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