Ronnie Lessa delata Domingos Brazão como mandante do assassinato de Marielle Franco

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O ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso acusado de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato a vereadora.

Domingos Brazão atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e já foi deputado estadual no Rio de Janeiro por cinco mandatos consecutivos. A informação é do Jornal The Intercept Brasil.

Ronnie Lessa delatou Domingos Brazão – Foto: Reprodução/Interenet

Ronnie Lessa fez acordo de delação com a Polícia Federal (PF), mas o acordo ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Brazão tem foro privilegiado por ser conselheiro do TCE-RJ.

O advogado de defesa de Brazão, Marcio Palma, disse em entrevista ao Intercept Brasil que não sabe dessa informação e que tudo que sabe sobre o caso é pelo que acompanha na imprensa. Segundo Palma, os autos foram negados a ele já que seu cliente não era investigado. Brazão sempre negou qualquer envolvimento com o crime em entrevistas anteriores à imprensa.

Brazão já havia figurado entre os suspeitos do caso, chegando inclusive a ser acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por obstruir as investigações do caso. Em 2017, Brazão foi preso em desdobramento da Lava Jato, na Operação Quinto do Ouro, acusado de receber propina de empresários.

Em julho do ano passado, Suel foi preso pela Operação Élpis, que apura os homicídios de março de 2018. Ele já havia sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria em regime aberto. Antes disso, Suel já havia sido preso em junho de 2020, durante a Operação Submersos II.

O ex-PM Élcio de Queiroz, que está preso desde 2019, deu depoimento em delação premiada para a Polícia Federal e para o MPRJ à época, em que confessou ter dirigido o carro de onde partiram os disparos que assassinaram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. Ele continuará preso mesmo após a delação.

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