Pesquisa aponta retomada das cotas nas universidades públicas brasileiras

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Levantamento das Políticas de Ação Afirmativa nas Universidades Públicas Brasileiras, do Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação afirmativa (GEMAA), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) contém dados sobre o número de universidades federais que aderiram a ações afirmativas por ano, a comparação entre a quantidade de vagas reservadas para cotistas e a ampla concorrência e a evolução dessas vagas por grupos beneficiados, de 2012 até 2022.

A pesquisa identificou a retomada das vagas reservadas para estudantes cotistas em relação a 2021, quando tivemos a maior queda da oferta dessas vagas desde que a Lei Federal 12.711 foi promulgada. Em 2022 registramos um aumento de mais de 13 mil vagas disponibilizadas em relação ao ano anterior (2021).

O levantamento revela que o número de cotas aumentou em 2023 – Foto: Reprodução/UFMG

Quando desagregamos os dados para os diferentes grupos de beneficiários, vemos que a queda e retomada se deu exclusivamente nas cotas raciais, e não nas que só tem recorte de classe ou renda.

“Como havíamos detectado no levantamento anterior, a oferta de vagas reservadas para o programa de cotas nas federais sofreu uma queda bem mais acentuada que a da ampla concorrência. Esse ano, 2022, assistimos a uma inflexão na curva, mas que ainda não recoloca a oferta de vagas reservadas nos patamares históricos de 2018 e 2020.” João Feres Júnior

Nas universidades estaduais também houve no ano de 2021 uma queda mais acentuada na oferta de vagas reservadas do que na ampla concorrência. A recuperação do número de vagas reservadas foi bastante vigorosa em 2022, a ponto de ultrapassar o pico histórico alcançado pelas cotas nessas universidades e, pela primeira vez na série histórica, ultrapassar o número de vagas oferecidos na ampla concorrência.

Da mesma maneira que nas federais, quando desagregamos os dados para os diferentes tipos de cotas, constamos que a queda e retomada se deram exclusivamente nas cotas raciais.

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Por fim, para além desses dados  é possível acessar o mapa interativo que informa quais universidades públicas brasileiras fazem uso das políticas de ação afirmativa e qual modalidade de critérios de cada uma delas:

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