O reconhecimento Senegalês

diouf.jpeg

Por Lyz Ramos

O Selecionado Senegalês nem sempre esteve entre as mais temidas e competitivas do continente. Ranqueada como a melhor equipe do continente africano na lista da FIFA e da CAF nos últimos seis anos (2016-2021), os bons resultados esportivos e o reconhecimento não eram tão comuns pelo menos até 2002.

Diouf foi um dos destaques da CAN de 2002 – Foto: Reprodução CAF

O melhor ano do futebol senegalês começou com a disputa do torneio mais relevante da África: a Copa Africana de Nações (CAN). Alerta de spoiler! É verdade que o país nunca conquistou a CAN, mas para entrar na história às vezes você não precisa de um troféu. Talvez baste determinação, um gol de ouro e um grande jogador.

Formado no futebol francês, Diouf marcou o esporte do seu país, tanto pela personalidade forte, quanto pelo talento goleador. Em 2002, o jovem atacante experimentaria a primeira grande responsabilidade com a Seleção sem sentir o peso da camisa.

Leia também: O técnico que revolucionou Gana

Era ano de Copa Africana de Nações, sediada no Mali, e Senegal era apenas a 11ª melhor equipe segundo a CAF. Os selecionados senegaleses deixaram para trás Egito, República Democrática do Congo e Nigéria para aparecer pela primeira vez na história em uma final de CAN.

O adversário seria o temido Camarões de Samuel Eto’o. Em uma partida dura, com seis cartões amarelos, do empate as equipes foram para os pênaltis, onde os camaroneses levaram o tetracampeonato por 3 a 2. Naquele ponto, Camarões já era uma potência reconhecida, enquanto Senegal acabava de descobrir que poderia ser protagonista também.

Com a deixa da performance na CAN, mais tarde naquele mesmo ano, os Leões encararam as eliminatórias para a Copa do Mundo de frente. Eliminando Marrocos, Egito e Argélia, tiveram Diouf como vice-artilheiro da disputa e alcançaram o primeiro mundial da sua história.

A CAN de 2002 mudou os rumos de Senegal no panorama africano e mundial. Na época, atletas como Diouf e Salif Diao viraram jogadores do Liverpool e Khalilou Fadiga foi transferido para a Inter de Milão. Essa geração ficou eternizada.

Depois de anos de hiato e renovação da equipe, Senegal volta em 2022 percorrendo o troféu que lhe falta para coroar o eterno favoritismo.

0 Replies to “O reconhecimento Senegalês”

Deixe uma resposta

scroll to top