O artista de rua Pandro Nobã veste musas da Mangueira com a arte do graffiti

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Musas homenageiam Marielle Franco e outras mulheres citadas no enredo da escola — Foto: Rafaela Bastos/Arquivo pessoal

No último domingo (17) o artista carioca Pandro Nobã recebeu um desafio: vestir com seu graffiti as musas da Estação Primeira de Mangueira para o ensaio técnico de uma das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro. O enredo deste ano é “História para ninar gente grande” e homenageia heróis populares que tiveram atos importantes, mas foram omitidos nas páginas dos livros. Pandro customizou as blusas das moças com nomes de personagens que estão no refrão do samba, ‘Marias, Mahins, Marielles, Malês’.

“As musas vieram falando sobre pessoas e histórias carregadas de força, luta e narrativas que não são contadas. Eu, como um artista de rua, levei um pouco dessa história que não aprendemos nas escolas, da história da rua, para a avenida. O que a história não conta carnaval vem para nos ensinar. Ele vem acender essa chama, essa potência das mulheres negras e do nosso povo preto”, conta Pandro.

A ideia de customizar as camisas surgiu também para valorizar um figurino mais simples, com um custo menor, porém, que fosse bonito e chamasse atenção.

A arte de Pandro Nobã está na Sapucaí e também nos muros da cidade. É dele o famoso graffiti que contorna uma imagem da escritora Conceição Evaristo, no Centro do Rio. A obra, realizada em parceria com o artista Alberto Pereira, foi feita em dezembro do ano passado em um encontro dos dois artistas de rua, promovido pelo Noticia Preta.

Artista Pandro Nobã

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