A prestadora de serviços gerais Regina Santana da Silva Fernandes, de 41 anos, registrou um boletim de ocorrência relatando uma situação de intolerância religiosa, racismo e constrangimento ilegal sofrida em seu ambiente de trabalho, no Mato Grosso. De acordo com o B.O, na ultima quinta-feira (17), Regina foi chamada pela direção da empresa após ter raspado o cabelo – um ritual de iniciação no Candomblé que simboliza o renascimento, a sacralização do ori aos orixás
Ela relatou que ouviu dos funcionários que ”esse tipo de religião não cabia dentro da empresa, pois além de ser negra era macumbeira”. Além dos olhares de reprovação após ter raspado a cabeça, Regina contou que foi perguntada várias vezes se ela estava com câncer. Dias depois da sua iniciação no candomblé, foi demitida.
Regina foi iniciada no Ilê Axé Egbé Osogbo Omo Orisá Osun, que significa Sociedade Espiritual dos filhos da Orixá Oxum, uma casa de Candomblé na região metropolitana de Cuiabá (MT). Nas redes sociais, a yalorixá Edna de Oxum, sacerdotisa do ilê, contou que Regina está com emocional abalado e com depressão por conta das ofensas recebidas.
”Já temos uma advogada acompanhando o caso e vamos acionar o Poder Judiciário para que essa situação não seja esquecida ou tratada como apenas mais uma estatística. Queremos Justiça!”.