PSG pode alegar racismo para justificar agressão de Neymar

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Na última semana o jogador Neymar agrediu um torcedor do Rennes com um soco no rosto, no momento em que subia a escadaria do Estade de France, para receber a medalha de prata pela Copa da França. O clube parisiense prepara a defesa do jogador e pode alegar insultos racistas para justificar a reação do atacante.

A defesa de Neymar diz que o jogador reagiu à frases agressivas e provocações do torcedor. O clube parisiense apura se o francês teria feito injúrias raciais a Layvin Kurzawa, ao supostamente ter chamado o lateral de “negro sujo”, além de ter se dirigido a Verratti de forma depreciativa, chamando o italiano de racista.

O argumento utilizado pelo clube, entretanto, já foi negado pelo jogador algumas vezes. Em 2013, quando Neymar entrava na Seleção Brasileira pra Copa, o jovem jogador declarou nunca ter sofrido racismo “Nem dentro e nem fora de campo. Até porque eu não sou preto, né?”. Em 2017, ao comentar as manifestações de supremacistas brancos nos Estados Unidos, o craque mostrou que realmente não se vê como homem negro. “É um tema problemático há anos. Acontece no futebol, mas está ocorrendo menos, as pessoas estão mudando, o mundo está mudando. Somos todos iguais, não importa a cor. Deus nos criou iguais”.

Neymar será julgado e pode ser punido com três a oito partidas de suspensão. Neste caso, o atacante brasileiro perderia o restante da temporada e o início da próxima. Na Liga dos Campeões, Neymar também foi punido com três jogos, por ter criticado a arbitragem, do jogo contra o Manchester United, em seu Instagram.

Em entrevista ao jornal francês “L’Equipe”, Edouard, o torcedor agredido, disse não ter insultado o brasileiro ou outros jogadores do clube. Videos divulgados na internet mostram que o torcedor francês chama Verratti de racista, fala que Buffon é um bouffon (bobo em francês) e diz para Neymar “aprender a jogar bola”.

“Estou chocado. Não o insultei. Disse a ele que foram nulos no jogo, falando em toda a equipe. Quando os jogadores chegaram, disse a eles: “Vocês já eram! Viva o Rennes” disse Edouard que, entretanto, não é torcedor do Rennes e, sim, do Nantes.

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