Um levantamento realizado pelo Ministério Público de São Paulo revela que houve um aumento no número de mortes cometidas por policiais militares no Estado de São Paulo, crescendo para 94% no primeiro bimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023, primeiro ano de Tarcísio de Freitas (Republicanos) à frente do governo de São Paulo.
Segundo levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público de São Paulo (MPSP), houve um salto de 69 óbitos em 2023, contra 134 nos dois primeiros meses de 2024.
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Esses números incluem também mortes causadas por PMs em serviço e de folga em todo território paulista. De acordo com os dados do Gaesp, a alta foi puxada pelas mortes cometidas por PMs em serviço, que saltaram 129% (de 49 para 112) entre os primeiros bimestres de 2023 e 2024.
As mortes cometidas por PMs de folga também cresceram 10% (de 20 para 22) no mesmo comparativo. Ainda de acordo com os números do Grupo de Atuação Especial, o mês de fevereiro foi registrado como mais letal do que os registros de janeiro deste ano.
Segundo o Gaesp, em fevereiro deste ano, 79 pessoas foram mortas pela PM no estado de São Paulo, o que representa um aumento de 147% em relação às 32 mortes contabilizadas em fevereiro de 2023.
Vale lembrar que fevereiro deste ano que a Secretaria da Segurança Pública deflagrou uma nova fase da Operação Verão, com reforço do policiamento na Baixada Santista. A ação ocorreu como resposta ao assassinato do soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), no dia 2. O governo chegou a transferir o gabinete da Segurança Pública para a região.
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Ao todo, 43 pessoas foram mortas só na região da Baixada entre os dias 3 e 29 do mês passado. A Baixada Santista já havia registrado o dobro de mortos do que a capital São Paulo (20 a 10) nas mortes registradas em janeiro, fato inédito desde 2017.