Mortalidade infantil no mundo atinge a mínima histórica em 2022, segundo relatório da ONU

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De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), houve redução na mortalidade infantil no mundo em 2022. A taxa global de mortalidade infantil abaixo dos 5 anos, diminuiu 51% desde 2000, quando 9,9 milhões de crianças morreram. Antes disso, em 1990, os números chegaram a 12,8 milhões.

Apesar da redução, o número ainda é alto: ao todo 4,9 milhões de crianças morreram antes de completar cinco anos, segundo dados do Grupo Interinstitucional das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil (UN IGME). No Brasil, a redução foi de 60% desde 2000, mas em países como Camboja, Malawi, Mongólia e Ruanda, a redução ficou em mais de 75%, no período.

Dados fazem parte de um relatório do Grupo Interinstitucional das Nações Unidas para Estimativa da Mortalidade Infantil /Foto: Pexels

“Por trás desses números estão as histórias de parteiras e profissionais de saúde qualificados ajudando as mães a dar à luz seus recém-nascidos com segurança, trabalhadores de saúde vacinando e protegendo crianças contra doenças mortais, e agentes de saúde comunitários que fazem visitas domiciliares para apoiar famílias a garantir o suporte adequado à saúde e nutrição para as crianças”, disse a Diretora Executiva do UNICEF, Catherine Russel, à UNICEF Brasil.

“Ao longo de décadas de compromisso de indivíduos, comunidades e nações para alcançar as crianças com serviços de saúde de baixo custo, qualidade e eficazes, mostramos que temos o conhecimento e as ferramentas para salvar vidas”, disse ela.

Mesmo com a queda, os números poderiam ser melhores, pois havia mortes evitáveis. Além dos 4,9 milhões de mortes entre crianças antes dos 5 anos, outras 2,1 milhões de crianças, adolescentes e jovens com idades entre 5 e 24 anos também morreram no período. A maioria dessas mortes estava concentrada na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

De acordo com relatório, parto prematuro, complicações no momento do nascimento, pneumonia, diarreia e malária, são problemas tratáveis e evitáveis e estão entre as principais causas de morte dessas crianças.

“Embora tenha havido progressos bem-vindos, a cada ano milhões de famílias ainda sofrem com a devastadora dor de perder uma criança, muitas vezes nos primeiros dias após o nascimento”, disse o Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus em entrevista a UNICEF Brasil.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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