O motorista da van em que o menino Apollo Gabriel Rodrigues (2 anos) foi encontrado morto após ser “esquecido” no veículo, em São Paulo, foi liberado, mas a justiça proibiu de atuar com transporte escolar novamente. A decisão saiu na última segunda-feira.
Na sentença, a Justiça Paulista revogou a prisão domiciliar e devolveu a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas manteve a “suspensão do exercício da atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes”.
A Polícia Civil investiga o caso e já repassou o processo para o Ministério Público dar um parecer sobre a sentença proferida esta semana. O motorista e a auxiliar foram detidos, mas a prisão foi convertida para domiciliar.
Entenda o caso
No dia 14 de novembro, o casal Flávio e Luciana, motorista e auxiliar, pegaram Apollo em casa pela manhã e levariam para a CEI Caminhar, que fica no Parque Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo, e esqueceram a criança dentro da Van em um estacionamento e só lembraram dele quando pegaram o veículo novamente para buscar as crianças, por volta das 16 horas.
A mãe de Apollo, Kaliane Rodrigues, disse que, no dia do fato, a criança chorou antes de entrar na van. “Ele estava tão bem hoje [terça-feira, 14]. Mas quando eu fui pôr ele na perua, ele chorou. Ele chorou. Não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sempre colocava ele na frente, hoje ela colocou ele no banco de trás e esqueceu o meu filho”, lamentou em entrevista ao G1.
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“Independente se ela [auxiliar] colocou atrás, na frente ou no meio da van, isso para mim é irresponsabilidade, porque quem trabalha com criança tem que ter muita atenção”, acrescentou Kaliane na época.
A defesa do casal disse que eles estão “arrasados” com a situação.