Fome extrema em Gaza ainda pode ser evitada, segundo a ONU

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Organização faz alerta sobre morte de crianças na região, por conta da fome

De acordo com chefe da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, é possível evitar a fome extrema em Gaza, se Israel deixar que as agências humanitárias enviem ajuda para o território. Em sua conta no X (antigo Twitter), no último domingo (25), o representante falou sobre o quadro de fome entre os palestinos.

De acordo com a Direção-Geral do Estado Civil do Ministério do Interior, que é gerida pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), a população da Faixa de Gaza atingiu aproximadamente 2,4 milhões de pessoas. A ONU informa que na região, 2,2 milhões de pessoas estão ameaçadas pela fome extrema.

Crianças palestinas , com fome /Foto: Saleh Salem/Reuters

Dentro da Faixa de Gaza há a cidade de Gaza, que possui 590 mil habitantes. De acordo números de Gaza já morreram 30 mil pessoas na Faixa, 1,5% da população.

Philippe escreveu em sua rede social que lamenta a situação de fome no país. “É uma catástrofe provocada pelo homem […] O mundo se comprometeu a não permitir a fome nunca mais”, disse Lazzarini na plataforma X.

Ainda de acordo com Lazzarini, “a fome extrema ainda pode ser evitada se houver a verdadeira vontade política de permitir o acesso e a proteção a uma ajuda significativa”.

Fome causa morte

De acordo com Al Jazeera, um bebê de dois meses, chamado Mahmoud Fattouh, morreu de desnutrição aguda na última semana, no hospital al-Shifa, em Gaza. A morte do menino foi noticiada após as Nações Unidas alertarem para “explosão de óbitos de crianças”, devido à guerra no local.

“Vimos uma mulher com o seu bebê ao colo a gritar por socorro. O menino parecia estar a dar o último suspiro. Levámo-lo para o hospital e verificou-se que sofria de desnutrição aguda. O pessoal médico levou-o para os cuidados intensivos. O bebé não foi alimentado com leite durante dias, uma vez que o leite para bebés é totalmente inexistente em Gaza”, disse à Al Jazeera um paramédico.

Antes do início do conflito, cerca de 500 caminhões entravam com alimentos em Gaza diariamente, porém desde 7 de outubro, esse número não passa dos 200 caminhões.

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