Já ouviu falar na plataforma Diáspora Black?
Ela reúne anfitriões e viajantes que têm curiosidade em conhecer mais sobre a cultura negra e buscam novas experiências em suas viagens. Em seu site, descrevem seu objetivo de ser uma ponte que aproxima o melhor da cultura negra. Assim, o Diáspora Black divulga ofertas de acomodações compartilhadas em diferentes cidades, oferecendo ainda pacotes turísticos com foco na história e cultura negra. Todas as reservas são feitas dentro da plataforma. “As primeiras ideias sobre a necessidade dessa conexão surgiram após algumas situações de racismo e discriminação vividas pelo fundador, Carlos Humberto, em sua própria casa, após receber hóspedes por outras plataformas de acomodação”, contou Antonio Pita, cofundador da plataforma.
Para usar, é bem fácil: após o cadastro, você pode procurar por hospedagens ou então oferecer sua casa para acomodar turistas, desde que concorde com os princípios do grupo, que incluem o cuidado e o respeito em não reproduzir esteriótipos racistas.
Ainda segundo Antonio, a cultura é um dos eixos mais importantes para reduzir a desigualdade, pois une as pessoas: “quando construímos pontes entre as culturas, aprendemos a valorizar as diversidades e diferenças. A cultura negra, especialmente, nos faz sentir pertencimento(…) Valorizar a nossa cultura, o legado e a memória que resistem mesmo com ataques e opressões estruturais, é uma forma de nos manter vivos. O turismo é um caminho para promover a sustentabilidade de comunidades tradicionais, a preservação das manifestações culturais.”
E, até agora, o Diáspora Black tem sido muito bem aceito por seus usuários! “(…)Os hóspedes falam da importância de se sentir acolhidos em viagem, especialmente as mulheres negras que são a maioria do nosso público. Ao viajar sozinhas, elas buscam essa segurança, e acabam se inspirando com as histórias e as trocas com anfitriões. Aqueles turistas que participam de nossas experiências também comentam como essas conexões com nossa cultura, nos quilombos, caminhadas, visitas a locais históricos, alimentam orgulho e admiração pelas nossas riquezas”, completou Antônio.