Amazonas pode enfrentar estiagem severa com chuvas abaixo do normal, diz Defesa Civil do estado

IMG_8849.webp

Na última quarta-feira (13), técnicos da Defesa Civil do Amazonas fizeram um alerta sobre a possibilidade dos rios não conseguirem se recuperar para enfrentar a estiagem deste ano, por conta do baixo volume de chuvas. Em reunião com representantes dos setores público e privado, o órgão apresentou um panorama da seca, que deve atingir o estado no segundo semestre deste ano.

Segundo o órgão, no primeiro trimestre do ano, houve uma redução no volume de chuvas. “Nas calhas do Médio Amazonas e Baixo Amazonas, os níveis atuais estão fora da curva para o atual período do ano, mesmo estando em processo de enchente, seguem abaixo da média. As demais calhas apresentam cotas dentro do que se considera normal para o período, ainda assim o cenário é de uma recuperação discreta“, diz o relatório.

Rios podem não se recuperar para enfrentar nova estiagem./ Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

O secretário de Defesa Civil, Coronel Máximo, falou sobre a necessidade de compartilhar informações sobre a estiagem antecipadamente.

“A entrega da síntese do prognóstico da estiagem marca mais uma etapa no processo de prevenção e planejamento. Nosso objetivo é reduzir os impactos potenciais e coordenar, em colaboração, um plano de ação essencial para assegurar o bem-estar da população” disse ele.

A estiagem é um fenômeno recorrente no Amazonas, especialmente nos municípios do interior, e pode trazer consequências como a falta de água para consumo humano, isolamento de comunidades ribeirinhas, além de dificuldades na agricultura e pecuária.

A região, no último ano, enfrentou a maior seca dos últimos 121 anos com os níveis baixos do nível Rio Negro. Mas em fevereiro deste ano, o estado vizinho, enfrentou a maior cheia do Rio Acre, com as fortes chuvas que atingiram a região. Segundo dados da Defesa Civil Estadual, no início do mês, o rio chegou a marcar 17,84 metros, na capital acriana, Rio Branco.

Leia também: Mudança climática foi principal motivo para seca recorde na Amazônia em 2023, diz estudo

Deixe uma resposta

scroll to top