África do Sul ameaça prender cidadãos que servirem a Israel

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A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, afirmou que os cidadãos sul-africanos que lutam ao lado das Forças de Defesa de Israel (IDF), serão presos quando retornarem ao país. A chanceler afirmou que é necessário pedir uma aprovação prévia ao governo, para lutar legalmente ao lado de Israel, na guerra em Gaza.

O anúncio foi feito durante uma conferência em solidariedade aos palestinos na sede do Poder Executivo, em Pretória. “Já emiti um comunicado alertando aqueles que são sul-africanos e que lutam ao lado ou nas Forças de Defesa de Israel. Nós estamos prontos. Quando você voltar para casa, vamos prendê-lo”, disse Pandor.

O governo sul-africano afirmou, no final do ano passado, que tomou conhecimento da presença de alguns de seus cidadãos nas fileiras das IDF e prometeu tomar medidas judiciais contra aqueles que não tivessem uma autorização específica para isso.

Ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor /Foto: DIRCO- Departamento de Relações Internacionais e Cooperação

Não se sabe ao certo quantas pessoas provenientes da África do Sul combatem ao lado das tropas israelenses, mas a população de judeus do país africano é de cerca de 70 mil. Além do risco de serem presos, como ameaçou a ministra, aqueles que tiverem dupla nacionalidade enfrentarão um processo para perder sua cidadania sul-africana.

Desde o início da guerra no Oriente Médio, em outubro do ano passado, a África do Sul se posicionou fortemente ao lado dos palestinos, condenando a atitude de defesa israelense diante do massacre do Hamas em seu território. O partido no poder, Congresso Nacional Africano (ANC), frequentemente relaciona o atual conflito a sua própria luta contra o apartheid.

Leia também: África do Sul acusa Israel de aplicar apartheid “mais extremo” do que o aplicado no país africano

O país africano entrou com uma ação no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) para demonstrar sua oposição à resposta de Israel ao ataque do Hamas de 7 de Outubro, que deu início à guerra. A África do Sul acusou Tel Aviv de cometer genocídio contra o povo palestino, no entanto a corte máxima da ONU não acatou ao pedido de condenação, na ocasião.

Mateus Junior

Mateus Junior

Estudante de jornalismo da Universidade Estácio Petrópolis, apaixonado por esportes e Cinema, Comento sobre as partidas de futebol e basquete.

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