Na última sexta-feira (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) formou uma aliança com líderes mundiais para acelerar o desenvolvimento e a distribuição de testes, tratamentos e vacinas contra a Covid-19, o novo coronavírus. Entretanto, o Brasil que historicamente liderou discussões sobre medicações e tratamentos, não foi convidado.
A aliança marcou o compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que sejam criados, serão disponibilizados a todos os países. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, nomeou a aliança de “colaboração histórica”. O evento virtual contou com a participação de especialistas e líderes de 11 países, de diferentes continentes.
Ainda segundo o diretor-geral da OMS, a experiência mostra que, mesmo quando existem, os recursos não estão igualmente disponíveis para todos os países. “O mundo precisa dessas ferramentas e rápido. Não podemos permitir que isso aconteça”, disse ele.
Diplomacia brasileira em crise
No dia anterior ao evento, quinta-feira (23), durante uma transmissão ao vivo, o presidente do Brasil Jair Bolsonaro (sem partido) negou a acusação de genocídio ao descumprir orientações da OMS no combate ao coronavírus e tentou justificar o motivo pelo qual tem ignorado a organização, atacando-a.
“O pessoal fala tanto em seguir a OMS, né? O diretor da OMS é médico? Não é médico. É a mesma coisa se o presidente da Caixa não fosse da economia. Não tem cabimento”, afirmou Bolsonaro.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, é formado em biologia, tem mestrado em imunologia de doenças infecciosas da Universidade de Londres, e fez doutorado em saúde comunitária na Universidade de Nottingham, também no Reino Unido. Tedros atuou ainda como Ministro da Saúde da Etiópia entre os anos de 2005 e 2012.
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