Samia Suluhu Hassan assumiu o cargo de presidente da Tanzânia na última sexta-feira (19), dois dias após a morte de John Magufuli, de quem ela era vice. O chefe do executivo era publicamente conhecido como um negacionista, pois dizia que seu país estava ‘livre da Covid-19’ devido a orações.
A causa oficial da morte foram “problemas cardíacos”, mas a oposição diz que Magufuli, um negacionista da pandemia, foi vítima da Covid-19.
Entre as formações acadêmicas de Hassan está o mestrado em Desenvolvimento Económico Comunitário pela Universidade Livre da Tanzânia e pela Universidade do Sul de New Hampshire, nos Estados Unido. Seu currículo profissional é composto por atuações em áreas administrativas, desenvolvimento, também dirigiu a associação de organizações não governamentais (ONGs). Durante a carreira política esteve como deputada parlamentar e diversas vezes como ministra.
Aos 61 anos, Hassan vai comandar o país do leste africano até 2025, enfrentando a pandemia da Covid-19.
A cerimônia de posse ocorreu em Dar es Salaam, e a maioria das pessoas presentes não usou máscara.
“Vamos começar de onde Magufuli parou“, prometeu a nova mandatária em um breve discurso. Ela é uma das duas únicas chefes de Estado mulheres em exercício na África, sendo que a outra, Sahle-Work Zewde, presidente da Etiópia, tem um papel meramente cerimonial, já que o país é parlamentarista.
“Este é o momento de enterrar nossas diferenças e sermos um como nação”, afirmou a presidente. “Este não é um momento para apontar dedos, mas sim para dar as mãos e seguir em frente juntos“, declarou Hassan
A ONG Human Rights Watch afirmou que Hassan tem a chance de promover um “novo começo” e encerrar “práticas problemáticas do passado”.
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