Artigo escrito pelo Prof. Odair Marques da Silva
Enquanto a inteligência artificial avança globalmente, universidades africanas se destacam ao desenvolver soluções tecnológicas adaptadas aos desafios locais. De diagnósticos médicos à conservação ambiental, esses projetos impulsionam a pesquisa e trazem benefícios reais às comunidades.
Selecionamos sete casos de sucesso que ilustram esse cenário.
No Quênia, a Universidade de Nairobi (uonbi.ac.ke) transforma a agricultura com IA. O projeto AI for Agriculture usa sensores IoT e algoritmos para prever safras, otimizar irrigação e combater pragas. Em um país onde 40% da população depende da agricultura, o impacto é direto na segurança alimentar.
Na Nigéria, a Universidade de Lagos (unilag.edu.ng) aplica IA a diagnósticos médicos por imagem, detectando doenças como malária e tuberculose. Com apenas 0,5 médicos por mil habitantes, a tecnologia acelera diagnósticos em regiões remotas e complementa a formação de novos profissionais.
No Egito, a Universidade Americana no Cairo (aucegypt.edu) desenvolve um sistema inteligente de semáforos com redes neurais e dados em tempo real, enfrentando os desafios da mobilidade urbana na nova capital egípcia.

Na África do Sul, a Universidade da Cidade do Cabo (uct.ac.za) usa IA para proteger espécies ameaçadas, analisando imagens de drones e câmeras em áreas de conservação, como parques com rinocerontes e leopardos.
Em Gana, a Universidade de Gana (ug.edu.gh) democratiza o acesso ao crédito com IA, analisando dados alternativos como transações móveis para incluir financeiramente a população não bancarizada.
Por fim, a Universidade de Stellenbosch (sun.ac.za) aplica IA na energia renovável, prevendo falhas e otimizando redes sustentáveis, contribuindo para a independência energética da África do Sul.
Esses projetos enfrentam desafios comuns, como a ampliação de parcerias institucionais e colaborações entre governos, setor privado e academia. Para se aprofundar, recomendo o Atlas Geocultural da África, da editora Eiros, e o site africaatual.com.br. As universidades africanas mostram que a IA pode servir ao progresso científico e às necessidades urgentes da população.
*Prof. Dr. Odair Marques da Silva é fundador da Editora Eiros, Diretor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade Zumbi dos Palmares, e Escritor e palestrante, autor do site www.africaatual.com.br
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