Daniel Alves é condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por abuso sexual

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O ex-lateral da seleção brasileira Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual. A sentença foi anunciada pelo tribunal de Barcelona na manhã da quinta-feira (22), e diz que foi comprovado que o brasileiro agrediu e abusou da mulher que o acusa, no banheiro da boate Sutton, em 2022, na Espanha.

A condenação foi divulgada duas semanas após o término do julgamento. A defesa do ex-jogador ainda pode recorrer à decisão no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e no Supremo Tribunal da Espanha. A defesa de Daniel Alves avisou que vai recorrer da decisão, e enquanto isso, o ex-atleta segue preso.

Alves já passou um ano na prisão, tempo que será descontado da condenação. Depois que for liberado, terá que cumprir um período de cinco anos de liberdade vigiada, além da proibição de se aproximar a menos de mil metros do domicílio ou do local de trabalho da vítima por nove anos e seis meses.

Julgamento de Daniel Alves, na Espanha / Foto: Alberto Estevez/Reuters

O crime de “agressão sexual” está previsto no Código Penal da Espanha e está tipificado no artigo 178: “Quem atacar a liberdade sexual de outra pessoa, recorrendo à violência ou à intimidação, será punido como responsável por agressão sexual com pena de prisão de um a cinco anos”.

A condenação está longe dos 9 anos de prisão solicitados pela Promotoria para Daniel Alves, e ainda mais distante dos 12 anos solicitados pela vítima. Segundo a sentença, o tribunal aplicou ao jogador de futebol uma circunstância atenuante de reparação do dano ao considerar que “antes do julgamento, a defesa depositou na conta do tribunal a quantia de 150.000 euros para ser entregue à vítima independentemente do resultado do julgamento, e esse fato expressa, segundo o tribunal, ‘uma vontade reparadora‘”.

De acordo com o jornal catalão “La Vanguardia”, a pena do ex-jogador foi reduzida por conta da aplicação dessa atenuante e abre a porta para que ele possa sair da prisão mediante permissões quando tiver cumprido um quarto da sentença, ou seja, um ano e dois meses. Para isso, a decisão deve ser definitiva e, portanto, está sujeita aos recursos que a acusação possa apresentar.

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A defesa de Daniel Alves, Inés Guardiola, disse na saída do Tribunal de Barcelona que vai recorrer da sentença.

“Vamos rever a sentença, mas posso adiantar que vamos recorrer. Ainda sigo acreditando e defendendo a inocência do senhor Alves. Como vocês sabem, quatro anos e meio são muito melhores do que os 9 ou 12 anos solicitados pela acusação, mas é claro que vamos recorrer. Defenderemos sua inocência até o fim”, afirmou.

Os advogados da vítima comemoraram a decisão do Tribunal de Barcelona. No entanto, o advogado David Sáez disse que, apesar de reconhecer a versão da vítima, a condenação poderia trazer um dano não reparado.

“Estamos satisfeitos porque a sentença reconhece o que sempre afirmamos: que a vítima estava relatando o que sofreu. Estamos satisfeitos e felizes por ela e por todas as outras (mulheres). Precisamos revisar se o conteúdo integral da sentença, a gravidade da pena, está de acordo com a seriedade dos fatos. Não se reparou o dano e será combatido se precisar”, falou Sáez.

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Mateus Junior

Mateus Junior

Estudante de jornalismo da Universidade Estácio Petrópolis, apaixonado por esportes e Cinema, Comento sobre as partidas de futebol e basquete.

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