A prefeitura de São Paulo começou a realizar internações involuntárias de dependentes químicos da chamada “cracolândia”. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (6) pela Rádio Bandeirantes. Ainda de acordo com a prefeitura, a Lei foi sancionada em 2019, mas é a primeira vez que o município recorre a esta medida.
A modalidade de internação depende da aprovação de familiares e de laudo médico para que o dependente seja internado contra a sua vontade. Segundo dados da prefeitura, desde abril já foram realizadas 28 internações involuntárias de usuários de drogas que estavam na cracolândia, região da Praça Princesa Isabel, no Centro de São Paulo. Todos eles foram levados a comunidades terapêuticas ou hospitais associados à prefeitura.
“Nós temos o protocolo. Os médicos que fazem esse atendimento, nosso pessoal da assistência social, com os nossos psicólogos e também toda a estrutura com relação para poder ter os leitos. A prefeitura e o governo de São Paulo estão custeando isso na busca da pessoa poder se desintoxicar e se livrar do crack. É nessas situações onde os familiares solicitam e verificam que o familiar não tem outra alternativa a não ser tratamento médico”, afirma o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em entrevista à Rádio Bandeirantes.
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Para o promotor do Ministério Público, Arthur Pinto Filho, é necessário dar atenção além da internação. “Não basta a desintoxicação. O homem, a lei prevê, terá que sair organizado, isso é, inserido no mercado de trabalho, com renda própria e com moradia, que é fundamental para o sucesso do tratamento”, pontua.
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