Reconhecimento facial pode ser mais uma ferramenta racista e gera polêmica na Europa

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O uso das ‘câmeras espiãs’ como ferramenta de segurança pública é um tema polêmico e bastante debatido ultimamente na Europa. Um relatório de ética do policiamento de Londres, divulgado nesta quarta-feira (29) pelo The Guardian, demonstrou preocupação que o software reforce ou perpetue racismo e preconceitos de gênero. O texto, feito para a Prefeitura da capital britânica, conclui ainda que existem importantes questões éticas envolvidas na adoção do reconhecimento facial pela polícia.

O sistema consiste em cruzar o banco de dados da polícia com imagens de pessoas que passam em frente às câmeras de locais públicos. O objetivo é identificar suspeitos de crimes, foragidos, desaparecidos ou pessoas de interesse das forças de segurança.

Mesmo com tecnologia avançada ainda são frequentes os casos de erros na identificação de pessoas negras. Uma das companhias que oferecem este tipo de serviço alegou que o sistema tem precisão acima de 97%, mas a base de dados utilizada para alimentá-lo era composta 77% por homens e 83%, brancos.

Em uma pesquisa realizada em Londres sobre o uso dessas câmeras, concluiu-se que quase metade dos londrinos acreditam que a tecnologia coletaria mais dados sobre alguns grupos e perfis do que de outros. Jovens, negros e asiáticos se mostraram menos favoráveis ao uso do reconhecimento facial do que adultos, idosos e brancos.

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