Racismo na NBA: dono do Phoenix Suns é acusado de discriminar negros e mulheres

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Robert Sarver, dono do Phoenix Suns — Foto: Christian Petersen/Getty Images

Robert Sarver, dono do Phoenix Suns — Foto: Christian Petersen/Getty Images

Uma reportagem publicada no site da ESPN revelou com detalhes o ambiente tóxico e hostil o qual eram submetidos funcionários do Phoenix Suns, time da NBA. Segundo a denúncia, baseada em mais de 70 entrevistas, Robert Sarver, usou repetidamente linguagem racista e conduta considerada misógina e inadequada nos 17 anos em que esteve a frente da equipe.

Nas entrevista, funcionários do Suns relataram que Sarver usava linguagem racista nas conversas e “não gosta de diversidade”. Um coproprietário não identificado do time disse à ESPN que “o nível de misoginia e racismo está além dos limites”. Com um treinador negro do time, Sarver supostamente usou um insulto racial.

Em 2013, o Suns contratou Lindsey Hunter, que é negro, como treinador principal da equipe. A um executivo do time, Sarver teria justificado a sua escolha e repetido: “esses negros precisam de um negro”, revelou o tal executivo.

Sarver negou as acusações no mês passado, quando a matéria ainda estava para ser publicada, e disse que tudo não passava de “mentiras, insinuações e uma narrativa falsa”. A ESPN divulgou que o dirigente, por meio de advogados, negou o uso de injúria racial: “A palavra ‘N’ (negro) nunca fez parte do meu vocabulário”.

À ESPN, o porta-voz da NBA, Mike Bass, disse que a liga “não recebeu nenhuma reclamação de má conduta do Suns”.

Sarver, de 59 anos, comprou o Suns em 2004 por 401 milhões de dólares. A franquia agora tem valor estimado em 1,55 bilhão. O time chegou às finais da NBA na temporada passada, mas perdeu para o Milwaukee Bucks.

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