Quatro PMs suspeitos de envolvimento no assassinato de jovem na Cidade de Deus (RJ) são presos

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Nesta quarta-feira (06) foram presos preventivamente, os quatro policias militares suspeitos de estarem envolvidos no assassinato do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos. O adolescente foi morto na madrugada do dia 7 de agosto na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Todos os quatros suspeitos são cabos do Batalhão de Choque, uma das tropas de elite da Polícia Militar do Rio.

O Ministério Público do Rio de Janeiro já indiciou os policias Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos, por crime de fraude, por apresentarem uma pistola e munição, alegando que eram do adolescente. O capitão Diego Geraldo de Souza, que comandava a ação, foi denunciado por prevaricação e fraude processual por omissão.

Ele foi afastado da função pública e proibido de entrar em qualquer unidade da Polícia Militar.

Os quatro policiais foram presos, mas a investigação do assassinato de Thiago, continua /Foto: Reprodução

Thiago foi morto ao ser alvejado, enquanto estava na garupa de uma moto, com um amigo. Testemunhas afirmam que no momento que o adolescente foi morto, não havia nem confronto nem operação da Policia Militar na comunidade.

A investigação do homicídio continua aberta e será conduzida pela Promotoria de Justiça de Investigação Penal e pela Delegada de Homicídio. As investigações levaram 17 dias para que a Corregedoria da Polícia Militar solicitasse a prisão dos PMs envolvidos no crime.

No documento que pede a prisão dos policias, conta que se os envolvidos seguissem em liberdade, eles poderiam apagar as possíveis evidencias do crime, e pressionar testemunhas.

Os investigadores também descobriram que os PMs utilizaram um carro disfarçado na operação. Segundo os familiares, policiais fardados um carro prata descaracterizado perseguiram Thiago, e atiraram nele.

“Existe indício suficiente de que eles podem ter fraudado o local do crime, plantando a arma que eles afirmam estar com a vítima. (…) Houve uma inovação, que aquela arma, ela não estava no local, conforme os PMs declararam”, disse Paulo Roberto Mello Cunha, promotor da Justiça Militar.

Leia também: PMs envolvidos na morte de adolescente na Cidade de Deus (RJ) são indiciados

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