Presidente da Uganda assina lei que prevê pena de morte para pessoas LGBTQIAP+ 

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Nesta segunda-feira (29) foi assinada, pelo presidente de Uganda, Yoweri Museveni, uma nova lei que prevê pena de morte para “homossexualidade agravada”, caracterizada quando ocorre o sexo gay quando soropositivo, considerada uma das leis anti-LGBTQ mais severas do mundo. Quem “promover a homossexualidade” tem uma pena prevista de 20 anos de prisão. 

Em cerca de 30 países africanos, além da Uganda, as relações entre pessoas do mesmo sexo já é considerado ilegal há algum tempo, mas a nova lei também visa lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer. Ativistas do país se manifestaram contra a lei, lamentando a decisão. “É um dia muito sombrio e triste para a comunidade LGBTIQ, nossos aliados e todo Uganda”, disse Clare Byarugaba, ativista de direitos humanos de Uganda.

Presidente de Uganda assina lei anti-LGBT em 29 de maio de 2023 — Foto: Reprodução/Twitter @StateHouseUg

Outros ativistas junto dela já avisaram que farão um desafio a lei. O líder do país, que anunciou a nova lei em um Tweet, chamou a homossexualidade de “desvio do normal” e outros países como Quênia e Tanzânia buscam seguir com a mesma proposta.

Leia também: Presidente de Uganda consulta parlamentares sobre projeto de lei anti-LGBTQIAP+

Em 2014, Uganda tenteou emplacar uma lei anti-LGBTQ menos restritiva, que acabou sendo derrubada por um tribunal doméstico, após os governos do ocidente em oposição a lei, suspenderem a ajuda monetário que enviavam e impuserem restrições de visto, e reduzirem a cooperação de segurança. Por isso, é possível que Uganda, que recebe muita ajuda financeira externa, receba novas sanções.

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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