Organização do PerifaCon cria vaquinha virtual para financiar primeiro evento de cultura pop e quadrinhos na periferia de São Paulo

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*Escrita pela colaboradora Rebeca Motta

Iniciativa de pessoas que cresceram nas periferias de São Paulo e são amantes de quadrinhos, de livros, de desenhos e de toda a cultura pop, o PerifaCon, que será realizado em março, na Fábrica de Cultura do Capão Redondo, é o primeiro evento com essa temática a acontecer na região. Com o objetivo de fazer um evento gratuito para o público, a organização criou um crowdfunding para juntar a verba necessária para arcar com as despesas de palestras, oficinas, divulgação e materiais para a feira no geral. As doações podem ser feitas até esta segunda-feira, 28 de Janeiro, no site da Benfeitoria https://benfeitoria.com/perifacon.

O EVENTO

Assim como acontece na famosa CCXP (Comic Con Experience), será possível participar de diversos debates que acontecerão ao longo do dia a fim de incentivar, instigar e engajar os jovens da periferia sobre esse tipo de conteúdo. Vale pontuar a importância de debater questões como representatividade racial, questões de classe, gênero, machismo e homofobia, assim como as dificuldades na produção, a falta de incentivos para eventos como esse, e mostrar que os quadrinhos, assim como a música, são ferramentas importantes e úteis para dar luz a temas que fazem parte do cotidiano de quem mora na periferia.

“Atualmente eu vejo que a periferia tem muitos autores bons, muitas pessoas que saem de lá para fora, como é o exemplo do Ferréz. O PerifaCon, então, surge para trazer um pouco disso para dentro das periferias e incentivar mais pessoas a fazerem quadrinhos”, diz Matheus Polito, um dos idealizadores do evento.

A convenção também contará com palestras e oficinas realizadas por profissionais já inseridos no mercado, além de uma feira com diversos quadrinistas que estarão expondo seus trabalhos para quem quiser comprar e bater um papo. O 1º Perifacon nasce com a expectativa de ser um sucesso. A intenção é que o evento seja rotativo e que, além desse, haja outros menores em escolas e casas de cultura durante todo o ano, sendo levado para outras quebradas de São Paulo, garantido assim o acesso à cidade e o direito de todos participarem de um rolezão incrível como esse.

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