No início deste mês, o consultor jurídico, da ONG Educafro, Irapuã Santana protocolou um pedido de medida cautelar na CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) e uma petição na ONU (Organização das Nações Unidas), em nome da ONG, denunciando o Brasil pela violência contra a população negra.
A denúncia revela dados sobre o aumento do número de homicídios em ações policiais. “Segundo o Atlas da Violência de 2019, elaborado pelo Governo Federal, chegou-se, em 2017 a mais de 65.000 mortes no ano, revelando mais de 180 assassinatos todos os dias no país” – diz um trecho da petição.
Os documentos salientam que violência policial atinge, principalmente, a população negra. “É preciso notar, entretanto, que há uma evidente questão racial nesse caso, tendo em vista que 75,5% dos homicídios ocorrem com pessoas negras. O gráfico destaca ainda mais essa discrepância, na medida em que os assassinatos contra pessoas negras cresceram 33% e permaneceram praticamente inalterados contra pessoas brancas”.
Irapuã afirma que a Educafro tem como objetivo fazer os governos estaduais e federal reverem suas práticas de enfrentamento e investirem em ações inteligentes que evitem o genocídio negro.